Porque a Apicultura Brasileira está assim?

O cenário é a Europa do pós-guerra. Alemanha. O dia 05 de março de 1933. É um dia de eleições na Alemanha. Espera-se que o Partido Comunista detenha o avanço do Partido Nacional Socialista (Nazista). Mas o que ocorre é justamente o oposto: Hitler torna-se senhor absoluto do governo alemão com 44% dos votos. Porque é que tantos trabalhadores votam em Hitler contra os seus próprios interesses?

Esta é a mesma pergunta que me faço hoje quando acompanho o desenrolar da apicultura brasileira. Porque tantos trabalhadores apóiam a apicultura africanista e toda a corja que se arrasta junto à ela, mesmo contra os seus próprios interesses?

O Nazismo foi a culminância de séculos de opressão.

Um povo oprimido e ignorante é o ingrediente fundamental para se fazer uma bela “PIZZA” em linguagem bem brasileira. Um povo assim não só não reclama da barbárie promovida pelos doutores da ciência, seja ela política, social ou biológica, mas aplaude, divulga.

Bando de fantoches, cavam com alegria suas próprias sepulturas!

O apicultor brasileiro quase sempre repete apenas o que lê nos livros. Livros estes que ou são traduções dos livros europeus e americanos (escritos para uma apicultura com abelhas européias) ou são publicações escritas antes de 1956, quando aqui havia apenas raças européias de Apis.

Mas a abelha que o apicultor brasileiro cria não é européia, ela é africana. E a abelha africana não confirma o que está na maior parte dos livros, ao contrário contesta. Para se saber isso é preciso observar. E quem pode observar a abelha africana? Os poucos que realmente se atreveram já às abandonaram há muito.

Neste país, grande apicultor é aquele que não cria abelhas. Estamos diante de um paradoxo! Não senhores, a afirmação é correta. O grande apicultor é aquele que após ter iniciado na atividade e descoberto que dela só pode tirar desgosto e ferroadas, passa a ser vendedor de mel. Agora os senhores me perguntam: Como pode ele ser vendedor de mel se não cria mais abelhas? Será mel argentino? Ou será mel chinês? Hipócritas.

E por falar nisso agora não se pode mais falar africanizadas, o apelido usado como disfarce das africanas por 50 anos, já está dando na cara. Agora são AMA (abelha melífera africanizada). Que amor, não?! Só esqueceram de avisar a elas.

Mas não sejamos injustos, as abelhas africanas, provavelmente úteis no seu habitat de origem, não vieram pra cá causar esta baderna sozinhas, não vieram como imigrantes batendo asas pelo Atlântico. Elas vieram na mala de um certo doutor da ciência que chegando aqui as multiplicou e distribuiu gentilmente pelos Estados desta nação. Que amor, não?!


Enquanto isso, os doutores, do alto de seus tronos macios, longe das AMAS, com gordos salários pagos com o nosso dinheiro, nos ditam as normas: Façam mais fumaça, usem um macacão melhor, afastem as abelhas das casas, sumam daqui e não voltem a nos encher o "s..."!

E o povo diz "amém", não é possível!

O apicultor brasileiro é um ecologista. Palmas! Pelo menos isto! Ele vive com suas colméias em harmonia com a natureza, respira ar puro (com um pouco de fumaça), cria um inseto que transforma “flor em fruto”. Não usa agrotóxico (?). Produz alimentos naturais e saudáveis.

Em 26 de abril deste ano, na Escola Superior de Agronomia Luís de Queiroz em Piracicaba, coincidentemente do mesmo lugar de onde Kerr irradiou as suas cascavéis aladas, Nikolaos Mitsiotis denunciou o EXTERMÍNIO DAS ABELHAS INDÍGENAS, autóctones deste continente, pelas abelhas africanas.

Onde está agora o africanista ecologista? Alguns correram, outros se fizeram de sonsos: “Extermínio? Bobagem. Indígenas? Não conheço. Ecologia, não, não, o grego deve estar louco!”.

Eu lhes pergunto: Até quando? Até quando vamos recalcar nossos problemas? Até quando vamos fingir que não temos nada a ver com isso? Até quando a preguiça, a inércia e o comodismo vão orientar os nossos passos?

Que país é esse?

Há esperança, mas as pessoas de bem não podem mais continuar usando cabresto. Olhem à volta, olhem para os lados, vamos sair desta fantasia demoníaca e arregaçar as mangas. A vida já não pode mais esperar.


Anderson B. Barros
Diretor Técnico